quarta-feira, 30 de abril de 2008

Tara

"Eu quero voltar a ser bebê."
"Por que?"
"Porque eu quero ficar nesse mundo." - pausa - "Porque eu não sei como é o céu."

Este foi o pedido de Tara, uma menina do Texas de 7 anos que tem leucemia desde os 2 anos de idade. Sua irmã gêmea, Sara, também foi diagnotiscada com a doença mas se curou. Os sintomas de Tara voltaram depois de um tempo e ela foi submetida a um transplante de medula. Hoje se recupera em um pequeno hospital próximo a Houston.




Com você, Tara. De coração.

Mais informações: http://www.txccc.org/content.cfm?content_id=1167

VS.

"From UK" ahn??

Nunca tinha escutado falar em "From UK". Não, não é uma banda.

Ontem em um programa de televisão, uma menina ligou e perguntou para a apresentadora como ela fazia para virar uma "From UK". Ahn? Uma o que?

A primeira coisa que pensei é que deveria ser um estilo que imitasse o visual de alguma nova banda-sensação-londrina que eu desconhecia. A menina que telefonava tinha 11 anos, então logo imaginei que essa banda fosse um RBD londrino. Mas será que a menina era tão antenada na música londrina? Parei de ficar imaginando coisas e prestei atenção na resposta da apresentadora. Sim, ela sabia o que era ser "From UK". Descobri que não tinha nada a ver com banda e que era um estilo:

menina - "eu venho tentando ser from UK mas eu não sei o que fazer"
apresentadora - "o cabelo precisa ficar para o alto e bem longo embaixo, com megahair.."

Tá. No final a apresentadora sugeriu para a menina que tentasse criar o seu próprio estilo, juntando características de vários outros. Calma aí, acho que a menina não entendeu. Muito difícil. Dá trabalho demais "juntar pedacinhos de estilos". Acho que ela achou mais fácil ir ao banheiro e tentar ajeitar a cabeleira a la from uk.


Concluí junto com o artigo que ser "From UK" é a mesma coisa que Neo Emo. Os Emos cansaram do rótulo pejorativo (sim, "emo"virou quase um xingamento), colocaram a franja de lado e gostam mais de computadores do que de músicas deprês. Ah, e todos têm um apelido, ninguém é chamado pelo próprio nome ou apelido do colégio. Você escolhe o seu. É como brincar de virar personagem, só que in real life. Isso é um "From UK"". Ah, mas não pode esquecer do cabelinho, ou melhor, cabelão. Senão fica fajuto demais. E principalmente, tenha orgulho de si! Todos levantam a bandeira com muito gosto.

Ai, não seria ótimo se a editora de moda da Vogue britânica desse uma olhada? Será que ela acharia estas meninas "from UK", no sentido literal da frase? Vou pedir pra Miss. Prataporter vir palpitar!
Será que o Studio W e o MG Hair vão ganhar novos clientes querendo fazer megahair? Será que as Cias Aéreas vão vender milhares de passagens pra Londres? Daqui a pouco vai ter menina "From UK" dizendo que ama a Amy Winehouse. Ainda mais que a diva é londrina.


Ser um "From UK":




VS.

A novidade da Bela

Scarlett Johansson e seu bubblegum. Eu achei incrível!

Falling Down é o novo clipe da mocinha. Sim, videoclipe e não filme, tá? Anota aí!

O álbum de estréia da loira chama-se Anywhere I lay my head. Vai baixar o mp3 ou vai comprar?



obs: linda de morrer.
obs: olha a mini Scarlett!


VS.

A mais bela música

Não preciso dizer nada.


VS.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Check out

Uma tal de gripe ou virose me derrubou faz alguns dias. Essa estória parece velha mas não é. Tenho ficado doente mais de uma vez por mês mesmo. Acredite se quiser!

A nada-querida-gripe-virose resolveu abusar da minha boa vontade e se instalar de vez dentro de mim. Repousei até dizer chega. Tomei chás de todos os sabores possíveis e imagináveis. Fiquei sem apetite. E nada da feiosa se mandar. Como ela já me faz companhia há dias, tenho chamado ela de virose. Não sei porquê, mas sempre achei que gripe era algo mais rapidinho, e essa aqui não está nada rapidinha.

Fiz exame de sangue e logo devo saber um pouco mais sobre ela. A única coisa que realmente ajudou, foi enjoá-la de tanto Paracetamol de seis em seis horas. Só assim ela chegou um pouco pra lá. Agora pelo menos consigo respirar. E vou continuar a bombardeá-la com Paracetamol, quem sabe ela não morre de vez? A dor no corpo melhorou, consigo me locomover no circuito quarto/cozinha/banheiro. A locomoção ainda é um pouco precária, mas já acontece. Tenho até um pouco de fome. Fome de sopa. Só. Não posso nem pensar em um prato de arroz e feijão que me dá preguiça!

A minha idéia é melhorar muito rápido, mas eu não sei se essa idéia é só minha ou dela também. Tem feriado chegando e eu realmente não queria continuar de cama. Já cansou, sabe?! Vou viajar e quero aproveitar as mordomias daquele lugarzinho encantado. Dessa forma, peço encarecidamente para você, gripe-virose: vai embora! Você já ficou muito tempo aqui comigo. Já conversamos por muitas madrugadas, agora tá na hora da senhorita ir passear e me dar férias. Férias eternas. Que tal? Pensa na proposta? Ah, e um conselho meu: se eu fosse você, ia embora hoje mesmo, porque amanhã à noite tem médico, e vai ser bem pior. Saia hoje numa boa ou será esmagada pelas mãos do médico amanhã! Rá!



VS.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Não mais do que isso

Fraca como um peso de 100g.
Sozinha de repente.
Doída de dengue ou falta.
Exame de sangue para o coração.
Urgência do sorriso encantado.
Vontade do bem eterno.

Sinto-me ainda. Mesmo que indo. Volto e posso até dançar com você.

Léo, um amor pra você.
Eu também.


VS.

domingo, 27 de abril de 2008

Na torcida por Amy

Come on, Amy!
You can do better, girl!

Stop, babe:






Você canta e chego a ter vertigem. Vai me desiludir é? Ah, mas não vai mesmo!

Dá pra deixar alguém cuidar de você e se preservar um pouco? Caralho!


Desabafado por VS.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sonho de algumas noites frias

- Qual o sonho da sua vida?
- O?
- Algum...
- Não sei mas eu sonhei.
- Isso quer dizer que está viva.
- Sonhei com você.
- Eu não costumo ser personagem de sonhos.
- Foi.
- O que eu era?
- Você.
- A cara era a mesma?
- Sim.
- Tudo igual?
- Não. (pausa) Não havia amor.
- Nunca houve.
- Mentira.
- Isso não é amor.
- Não?
- Amor é outra coisa.
- O que é?
- Basta você saber que eu te uso.
- No sonho não.
- Sempre.
- Você ama.
- A minha pele trai.
- Mas você iria pra cama comigo agora.
- Não.
- Tenho certeza que sim.

Eu me despi para sentir o seu corpo com urgência. A urgência era minha e a frustração próxima também seria. Ele recuou, pegou minha roupa no chão, me entregou e virou as costas. Sem emitir qualquer som ou mesmo me vestir, enxuguei a única lágrima que acabava de escorrer pelo meu rosto. Aquilo não era rejeição, mas também não era amor. Nunca foi.


VS.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Rá!

E não é que fazer publicidade é legal?
Ainda fui mordida pelo mosquitinho do varejo.

Rá!

VS.

As coisas mais queridas você é

A pequena adorava correr para todos os lados com suas galochas. As suas preferidas eram as vermelhas. Seu cabelo bem lisinho, custava ficar preso no rabo-de-cavalo, tampava seu rosto de pele bem clara. Desde cedo, a pequenina brilhava. Era adorada por todos na sua família e amiguinha de todos os seus coleguinhas. Todas as festas de aniversário ela estava lá. Saltitante e serelepe. Não saía de uma festa sem a lembrancinha, mas já não fazia tanta questão do bolo. O brigadeiro era mais gostoso.

A bela mulher encanta como poucos e prefere botas de couro hoje. As galochas estão guardadas como recordação. De beleza óbvia, seu brilho seduz. Você olha e sorri. Sua simpatia é uma covardia. Imbatível. Em breve, ela vai ganhar uma estrelinha linda e muito rara. Mais um diamante. Grávida de um pequeno ou pequena, ela já é mãe. Seu rosto encantado não esconde.

Bela mulher apaixonante, você espera o serzinho mais lindo do mundo. Ele vai brilhar e ofuscar os olhos de seus admiradores. Serão duas pedrinhas preciosas que precisam ser cuidadas todos os dias.

Com amor, para você Helô.


VS.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Brisa rápida

Nunca provei de tanto amor e ingratidão.
Tanta dor.
Tudo é só dor e ódio. Talvez nunca acredite.

Talvez eu não morra mais de cinco vezes.
Talvez você caia em si.


VS.

sábado, 19 de abril de 2008

Desejo antes de morrer

Hoje me desmanchei de prazer ao me tocar. Escorreguei pela parede com as pernas trêmulas. Foi intenso. Um gozo delirante. Sozinha.

Pena que morri sem ter o seu corpo um só dia. Meu desejo por você foi junto e será eterno em minha pele e mãos. Nunca pensei em amor, mas o tesão sempre me pareceu óbvio.


VS.

Morte

Morri sem direito de ser enterrada.
O corpo adoeceu de tanta dor.

VS.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Joss Stone no Brasil

Joss Stone no Brasil - EU VOU!

As apresentações em SP rolam dias 15 e 16 de junho, no Via Funchal.



Come on, Joss!



VS.

Perguntas, respostas ou nenhuma das anteriores!

Nem todos acham que precisam responder perguntas na vida. Alguns têm a certeza de que se não responderem pelo menos algumas, enlouquecem, logo, é uma necessidade vital. Outros acham uma chatice ocupar a mente com uma lista de questões.

Eu fui uma criança que adorava os "Por que?". Cresci e continuo com a incrível capacidade de formular uma pergunta para qualquer coisa mínima que observo ou escuto. A maioria das minhas perguntas é secreta. Tenho um enorme banco de dados na minha cabecinha e é lá que todas ficam armazenadas. Elas não estão classificadas por assuntos, estão todas juntas mesmo, formando uma bagunça só. Parte delas, uma parte bem pequena mesmo, eu revelo.

Minha mãe e minha avó só sabem dar risada. Eu sempre pergunto algo e elas "Lá vem você com as suas perguntas! Sei lá, ué. Como é que eu vou saber?". O que elas não sabem, é que não importa muito se elas de fato têm a resposta correta, e sim que elas digam algo. Na dúvida, eu vou achar que é uma resposta válida ou simplesmente ficar contente porque alguma coisa foi dita. Muitas coisas valem mais do que um "Sei lá, ué!". Mas tá bom, já virou marca registrada minha perguntar e marca registrada delas responder assim.

Outro dia, já faz algum tempo, estava no carro com Leozinho e ele soltou "Nossa, só você faz essas perguntas." - ahn? - até ele estava surpreso? Não faço a mais vaga idéia de qual era a pergunta, mas poderia ser "Por que o teto do túnel é arredondado?" ou "Você acha que a Amy Winehouse tá fazendo o que agora?". Quando a gente coloca um "...você acha" fica bem mais fácil, porque não tem certo ou errado, e sim, o que acha ou deixa de achar.

Para evitar que a montanha de perguntas dê um curto na minha cabeça, eu pego a que mais me atormenta naquela semana ou dia e resolvo a danada. Como? Escrevo sobre ela ou faço um filme. Pode ser tanto um roteiro de um filme legal como trinta segundos de imagens quaisquer. O fato é que resolve a urgência. Ela não deixa de existir, mas pára de ficar dando piti na minha mente. Vale tentar! É como se cortasse o sintoma, sabe? Às vezes acontece de dar pau na câmera, quando a idéia é fazer um filme, você se irrita e o problema vira a sua irritação e não mais a pergunta. Então também tem essa, se não quietar a danada, pelo menos o foco muda, passa a ser o seu nervosismo com a parafernália eletrônica.

Pergunte, responda ou não, faça filmes, escreva bobagens, tenta lá qualquer coisa!


VS.

Sensível e apaixonante, para sempre Wong Kar Wai

Falar sobre seres-humanos através de imagens e música é uma obra. Pode ser um filme. Construir as imagens como se fosse poesia é sensível e para poucos. Desfocar o fundo e insistir nos planos fechados é um traço que já virou estilo. A noite e as cores são suas aliadas.

Wong Kar Wai me emocionou com o seu mais novo My Blueberry Night. De verdade. Ele constrói uma narrativa com um personagem central, dono do fio condutor e cheio de inseguranças e inocência. O nome dela é Lizzie, na pele da tímida Norah Jones. Maior personalidade fica por conta dos personagens que cruzam o caminho de Lizzie e aparecem em blocos. São pequenos blocos que se constroem na medida em que Lizzie muda de cidade.

Em cada um deles, um novo personagem é apresentado e divide a cena com a ingenuidade de Lizzie. Aparentemente, este novo elemento em cena não é tão inseguro ou talvez não tão tímido. Logo percebemos sua fraqueza e medos. Sue, Leslie, Arnie, todos aparecem, nos cativam e nos abandonam. Todos menos fortes do que Lizzie, que no início do filme perde seu namorado que a trai sem muitas explicações. Nem ela acredita que pode ser tão centrada e forte, nem nós, na verdade.

Lizzie tem um ponto de apoio, Jeremy. Ele cuida dela sem que ela perceba, nos dez minutos iniciais do filme. Ela não pode perceber ainda, está sofrendo com o ex-namorado. A única coisa que lhe é possível, é partir, largar a cidade e se apegar em qualquer outra coisa que não mais aquilo. É o que ela faz.

No fim de tudo, ela volta para o seu ponto de apoio, que nada mais é que um belo rapaz, que lhe serve blueberry pie e a enxerga com os mais belos olhos do mundo.

Um filme despretensioso sobre a vida e sobreviventes.
A pergunta que é lançada e tão logo respondida:

- What happened?
- Life happened.

E é assim mesmo. E isso não é pouco nem simples.


VS.

Nova versão: Blondie





VS.

terça-feira, 15 de abril de 2008

O maior animal e mais perverso

Alguma dúvida que o maior animal de todos e mais perverso é o ser-humano? Não.
Alguma dúvida que o "Caso Isabella" chocou o país? Não.
Alguma dúvida que o "Caso Isabella" chocou o país menos os pais e a madrasta? Não.
Alguma dúvida que o pai e a madrasta mataram a menina Isabella? Não.
Alguma dúvida que eles têm que apodrecer na cadeia? Não.
Alguma dúvida que seria ótimo eles serem linchados? Não.

Então tá.


VS.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Nota rapidíssima

Mayra Gomes.
Vi e não gostei muito não.
Li e não empolgou.


..mas que eu pus fé eu pus.

VS.

Polêmica com amigos

Ó a pequenininha colorida!



Mamão vai dizer "onde ela mora?" - ainda mais quando souber que é novinha!

Dani vai dizer "agora é isso?"

Luis vai dizer "Depois você fala do Fresno!"

Paulo, meu primo, vai rir e perguntar "que bosta é essa?"

Meu irmão é capaz que diga "Que bosta!" ou "Style!"

Maria Prata vai dizer "Ah? Nunca vi na vida." - e não, não vai comentar do cabelo.

Ah, é o tal Paramore.


VS.

O que você faz quando ninguém te vê fazendo

Muitas coisas são feitas e confessadas quando não há ninguém por perto para ver e para ouvir. Coisas que até mesmo nós duvidamos. Pode ser algo nojentinho, sexual ou sem graça, não importa, você faz e torce pra ninguém aparecer, ou então, nega quando alguém te pergunta se já fez algo do tipo.

Estes dias eu estava parada no trânsito e aproveitei para observar as pessoas trancafiadas em seus carros. Olho para o lado direito e nada vejo, só a calçada vazia. Já do meu lado esquerdo, uma moça com mais de vinte e cinco anos e menos de trinta. Bonitinha, sem sal, deve ser a mais simpática da turma. Ela devia estar voltando da pós-graduação ou da casa do namorado. Noivo talvez. Tenho certeza de que ela é tímida, nada adepta aos palavrões e cenas dramáticas. Porém, trancada em seu carro com os vidros sem insulfilm, ela cantava e dançava loucamente. A música era algo "for teens", uma bandinha qualquer que deve se dizer de rock, mas não é. Óbvio que ela nunca faria nada disso na roda de amigos. E eu tenho certeza disso mesmo sem conhecê-la. É simples, enquanto ela cantava a música sem errar uma palavra, eu observava e achava curioso, quase ria. Ela sacudiu tanto a cabeça que acabou olhando pra mim e, quando percebeu que estava sendo observada, emudeceu, fez cara de sem graça e desligou o rádio.

Fica tranquila, não vou contar pra ninguém que você gosta dessa bandinha, tá?

Outro dia fiquei sem graça de tanta vergonha que uma amiga minha ficou. Amiga não vai, conhecida. Colega, sei lá. A madame estava ouvindo uma música que diz detestar. Ela tentou me enganar mas não deu muito certo. Entrei na sala dela e ela logo tirou o cd que estava tocando e pos o Ipod para tocar. Troca rápida demais para ser natural e feita de forma super nervosa. Eu ainda disse:

"deixa o cd!",
"não, não, vamos ouvir o Ipod que é melhor, tem várias músicas"
"o cd também tem mais de uma música"
"mas de uma mesma banda"
"tá, e daí? A gente ouve e depois troca. Você estava tão animada."
"tava nada, na verdade nem gosto muito da música que estava tocando. É cd gravado."
"mas se você gravou, imagino que goste das músicas..."
"gravaram pra mim, me deram de presente"

Truque mais do que velho. Blusa que alguém diz que é feia e está no seu armário, você sempre diz que te deram de presente. A mesma coisa com o cd. Continuei:

"e você não gostou?"
"não muito"

Resposta ótima. Uma resposta que dá-lhe a chance de dizer que aquela música era chata mas que outras são boas. Aí ela escolhe uma do meu gosto e me mostra.

"vamos ouvir, acho que vou gostar..."
"quando o Ipod enjoar a gente muda"

Tá. Desisti. Ela foi pega quase no pulo mas se safou. Não descobri o que ela faz quando ninguém a vê fazendo. Eu quase vi. Depois de algumas músicas e cervejas, ela precisou ir ao banheiro. Bendita cerveja! O cd ainda estava no aparelho, ela ligou o Ipod mas não sumiu com o cd de lá. Claro que eu fui checar. Afinal, ela não estava por lá e eu aproveitei para fuçar.

Surpresa, o cd não era gravado. Era de uma banda chamada "Paramore". Que banda é essa que fez com que a madame morresse de vergonha? Só pude saber mais da banda quando recorri ao bom e velho Google. Uma banda nova e que tem gente dizendo que é banda de Emo. Será por isso? Emo virou termo pejorativo, logo, a madame quis esconder o cd.

Tá bom. Talvez eu tivesse dito que era de Emo e ela teria ficado mais sem graça. Porém, me surpreendi ontem à noite quando eu me imaginava cantando num palco uma música que estava tocando no rádio. Não era nenhuma dessas rádios pop. A música era cantada por uma mulher e parecia um acústico.

No final "vocês ouviram Paramore com Misery Business em versão acústica".



VS.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Shee-ra, Nástienka ou Prozac?

Receita para curar a tristeza, alguém tem? Por favor?

Victoria tá mega mal humorada, então nem adianta eu ligar. Ela não é uma pessoa muito delicada, logo, é bem capaz de piorar a situação e eu me irritar. Duda é uma criança e ainda está toda toda com o cara do trabalho dela. Eles têm saído juntos. Ela está felicíssima. Não vou ligar pra estragar tudo e estes pequenos momentos felizes-adolescentes só vão me deprimir mais.

Quando bate tristeza assim, a gente dorme na hora errada. Tem sono à tarde e insônia à noite. É chatíssimo.

Acho que vou me esconder na Station e ficar por lá. Quem sabe Mona Lisa não me inspira. Será que vão me ver escondida? Será que é perigoso? Eu às vezes tenho essas idéias de Super-Herói - ou será que Super-Herói prefere voar pelos altos prédios da Av. Paulista? - mas confesso que sou um Super-Herói bem pouco Herói e nada Super.

Nem a Mulher Gato tá dando pra ser. Tá duro, hein?! Homem Aranha então, com o medinho de altura que tenho. Meu repertório de heróis é péssimo, não sei nada sobre desenhos animados. Não gosto de fantasias e bichos de plástico.

Só consigo me aproximar de algum personagem da Literatura Russa. Nenhuma heroína com super poderes, só com vida emocional intensa com muitos períodos de turbulência.

Pára que eu quero descer!

VS.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Festa estranha com gente esquisita

A minha sorte de ter escapado de um assalto na semana passada não durou muito. Ontem foi o dia de quebrarem o vidro do meu carro. Filho da puta! Ladrãozinho de merda!

O brilhante fato me rendeu um ingresso para o Fantasma da Ópera. O personagem principal estava mais para Wanna-be-a-Dracula do que para um Phantom. O ator? Surprise, surprise: Peter Doherty. Tá, ele está preso e caindo de tanto pó, mas subiu e desceu as escadarias da casa de show com disposição. Vale dizer que o hair-and-makeup era o mesmo do Billie Joe em suas turnês.

Momento cafona da noite: eu tremendo de medo do Dracula-Phantom quando todas as luzes se apagaram e ele estava na fileira atrás da minha.

No meio do espetáculo fui ao banheiro. Eu e meio mundo. Encontrei lá uma amiga de uma amiga da Victoria. Ela veio me cumprimentar e eu nem entendi nada. Fiquei achando aquilo tudo muito estranho. Só deixei de achar tão estranho quando me vi em casa, na volta do espetáculo, mandando um email pra ela.

Inferninho é pouco!


VS.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Nota rápida de protesto para Maria Prata

A Maria Prata só manda beijo para os meninos. Para as meninas não.

Por que, Maricota?

Protesto. Protesto. Protesto.


VS.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Mini-Gafes-de-Tietagem

Ai como eu queria ligar para Victoria hoje. Tenho várias coisas pra contar e que com certeza ela ia rir da minha cara! Não uma risada gostosa e sim uma risada de deboche mesmo. Aquela risadinha tipo "nossa, como você é idiota". É, coisa de Victoria.

Eu queria contar que encontrei o Lenine e como sou muito cafona, muito mesmo, me aproximei do moço para trocar umas palavrinhas: "Lenine, você é feio mas eu casaria com você a hora que você quisesse". Eu fiquei tímida e saiu isso. Ele me olhou com cara de nada, agradeceu e saiu. Agradeceu por eu dizer que ele é feio ou por ouvir que eu casaria com ele a qualquer custo? Eu mesma me mandei à merda depois dessa frase.

Acho ele tão incrível que é lindo. Posso? Sempre que eu falo isso, as pessoas me dizem "Ah, lindo ele não é. Pode ser talentoso mas não lindo."! De tanto eu ouvir essa frase, a maldita se alojou na minha cabeça e acabei dizendo que ele é feio. Mas olha, eu casaria mesmo com ele. Sabe aquela música "Todas Elas Juntas num Só Ser"? É perfeita. Se ele tivesse escrito pra mim, ele poderia ser o maior cafa de todos e eu insistiria no "Sim, eu caso. Já. Agora!".

Outro dia foi a vez da gafe com o Ed Mota. Encontrei o rapaz no Aeroporto de Cumbica, comendo na Pizza Hut. Estava sentado em uma mesinha de canto e lá fui eu infernizar a vida dele "Ed, você poderia fazer aqueles barulhinhos pra mim? ", ele terminou de engolir e "Quer que eu cante qual música?", eu "Nenhuma, só quero os barulhinhos mesmo. Aqueles que você faz com a boca." - (detalhe: óbvio ululante) - ele "Hum, desculpa não entendi". Eu juro que eu ia explicar pra ele exatamente o que eu queria, mas chegou um cara da banda e disse que eles precisavam ir. Aí eu só disse "Eu adoro seus barulhinhos, Ed.".

Tá, tá, tá. Já entendi. Horrível!!

Que tipos de barulhinhos uma pessoa faz? Arrota? Pum? E eu dizendo que adoro os barulhinhos dele... Mas eu adoro mesmo, são geniais. E não, nada de arrotos ou puns. Sem adorações escatológicas, por enquanto.


VS.

domingo, 6 de abril de 2008

Saudade

Saudade é a palavra do dia. Não nostalgia.

Saudade.
Saudade.
Saudade.

De você, dela, dele, daquilo, daqueles...

Eu poderia escrever páginas e páginas sobre esse sentimento, mas encontro-me exausta. Amanhã quem sabe.

VS.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Philips e Wong Kar Wai

Aurea é a nova (full) HD Flat TV Ambilight da Philips.

A campanha de lançamento nada mais é do que um curta-metragem dirigido por Wong Kar Wai. O título do filme é There's only One Sun.

Confiram o curta abaixo! Dá vontade sair correndo pra comprar a TV! Cores, cores e cores.





VS.

My Blueberry Nights





O título é ótimo e o diretor incrível. Wong Kar Wai e mais uma bonita e doce obra.

Acreditem, Norah Jones é a protagonista e solta sua afinada voz. Ed Harris empresta seu charme. Jude Law participa com sua belezinha. Rachel Weizs é queridinha de muitos e então, agrada. Natalie Portman é foda.

Quem não conhece, por favor, conheça.
Todos os filmes dele são absolutamente lindos e precisam ser vistos.


VS.

Mariana ( atriz, 26 anos)

Brasil, 04 de abril de 2008.

Faz tempo que não nos vemos. Mais de cinco anos. Imagino que deva ter cara de homem hoje, e não mais de garoto. Se bem que mesmo novinho sua cara não era muito de garoto. Você sempre foi alto e parecia mais velho. Tínhamos a mesma idade e eu parecia um bebê.

Esses dias eu estava organizando minha caixa de emails e lembrei que todos os emails que mandei para você chegaram em algum lugar. Nenhum email voltou. Nenhum email foi respondido. Na época eu sofri. Lembro de ter chorado. Tinha certeza que você ia estar conectado na hora em que eu mandasse o primeiro email e fosse me responder em dois minutos. Não. Nada disso. Você nunca esteve conectado. Nem mesmo me mandou uma "confirmação de leitura".

Pensei em ir atrás de você. Ainda bem que quando a gente é adolescente ou a gente teima em fazer algo, ou mudamos de idéia em dez minutos (ou menos até). Fiquei com a segunda opção. A primeira combinava mais comigo, mas havia optado pela segunda. Ufa! Imagina eu perdida na Argentina atrás de sei lá quem? É que por um bom tempo eu achei que "sei lá quem" era meu novo amor. Acredita que eu até cheguei a criar na minha mente-mega-fértil a cena de um possível casamento? Fica tranquilo, era só possível mesmo, nunca tive certeza. Em pouco tempo o possível fez questão de ser impossível e eu aceitei, sem grandes crises.

Na verdade, não sei porque te escrevo. Você não vai lembrar de mim e eu não sei se vou enviar essa carta. Resolvi pegar trinta minutos do meu tempo e me dedicar a sessão "Baú". Você apareceu dentro dele. Foi o papelzinho sorteado. Surpresa!!

Acho que você virou economista. Você nunca me disse nada sobre economia, mas não te imagino fazendo outra coisa. Engenheiro talvez? Não, não. Jornalista? Pode até ser. Mas continuo com o economista. Acho também que está em Buenos Aires. Deve ter feito faculdade lá e lá ficado. Eu quase estudei fora do Brasil, mas foi só quase mesmo. Ah, e não seria na Argentina.

Se eu mandar essa carta e chegar até você, leia. Claro que se nunca me mandou um email, não vai mandar carta, mas mesmo assim vou esperar algo. Porque sou eu. Porque minhas expectativas nunca morrem, mesmo quando são mortas. Eu não deveria nem pensar em você, mas pensei, escrevi isso aqui e eu ia achar muito legal receber notícias suas.

Um beijo, com saudade

Mari



terça-feira, 1 de abril de 2008

Victoria (amante, 30 anos)

Victoria é brilho e cores, mesmo quando está triste e toda de preto. O preto dela brilha, o seu não. O sobretudo preto quase derrete de tão preto que é. As unhas transbordam vermelho. Ela está sempre de unhas pintadas, faz as mãos com frequência, mas demora para tirar o esmalte quando começa a descascar. Hoje, por exemplo, seu esmalte está descascado. Ela ainda piora a situação, cutucando a unha na tentativa de remover o vermelho.

"Não é mais fácil passar um removedor, Victoria?"
"Seria se eu tivesse. Como eu não tenho, não é."
"Tem uma farmácia no final do quarteirão do seu prédio, você pode comprar lá."
"Não, eu não posso."
"Por que?"
"Porque eu não quero, ué."

Ela é assim. Responde curto e grosso.

"É o meu jeito."
"Sim, jeito grosso esse seu."
"Pode ser."

Todos os amigos dela sabem disso. Sabem que podem ter o barato cortado a qualquer momento. Deveriam estar acostumados com o jeitão rude da madame. Não. Até hoje, quando ela responde de qualquer jeito, eles se aborrecem. Aconselho a se aborrecer e ficar quieto. Não se aborreça e solte um "Poxa, Victoria...", "Mas por que..." . Só piora. Victoria é daquele tipo de gente que perde o respeito pelo frágil. É também mestre em ocultar a sua dose de hipocrisia.

Hoje seu celular tinha nada mais do que dez torpedos de um tal de "M.R". Como ele não põe o nome, só as iniciais, achei que fosse personagem de alguma estória cabulosa e por isso hesitei em tocar no assunto. Estórias cabulosas não são contadas para qualquer um e em qualquer circunstância. Fingi para mim mesma não saber de nada, assim eu não atiçava a minha própria curiosidade e não corria o risco de perguntar algo. Bobagem, ela mesmo começou:

"Quantas vezes apitou o telefone com mensagem? "
"Que? "
"Você ouviu."
"Umas dez acho."
"Viado."
"Dez é pouco?"
"Não. Mas é claro que ele só me mandou dez mensagens porque a mulherzinha dele foi pra praia com as crianças. Aí tem tempo e lembra de mim."
"Como?"
"Sou amante faz uma semana."
"Ah."
"Não sei da onde tiram que amante é a outra-burra. É difícil pra caramba. Dá um puta de um trabalho."
"Talvez não seja uma questão de ser ou não burra, e sim, de ser ou não ocupada. Amante é coisa pra desocupada."

Ai, falei. Victoria não gostou. Sem dizer nada, correu para o banheiro e logo ouvia-se o barulho do chuveiro. Só me restava ligar a tv e sentar para ver a novela ou até mesmo um programa de vendas-1406. Uma mulher bonitona e amante. Tá certo que todas as amantes têm fama de lindas, mas Victoria poderia arrumar um namorado, casar, ter filhos. Engraçado, sempre que eu falo isso para um grande amigo nosso ele diz "Namorado? E quem é que aguenta tanta personalidade?". É, talvez seja mais difícil mesmo.

Não deu quarenta minutos, ela passou correndo pela sala, abriu a porta e saiu. Nem consegui falar nada. Só ouvi do hall do elevador "Não me espere. Volto tarde!". Tenho certeza que ela foi atrás do "M.R". Só quero ver o tamanho da encrenca que ela vai arrumar. Se bem que ela é grandinha, vai fazer 31. Amanhã acordo com ela esbravejando com alguma cagada que o tal "M.R" fez ou que ela acha que fez.


VS.

Duda ( estagiária, 20 anos)

Maria Eduarda está feliz com o novo e primeiro estágio. Faz duas semanas que está trabalhando em uma grande e conhecida editora. Passou por um longo e difícil processo de seleção antes de conseguir a vaga. Lembro quando ela chegava em casa desesperada porque os concorrentes dela eram muito superiores. Ela dizia rindo de desespero "Nem bonitinha eu sou!". É, ela nunca foi bonitinha mesmo. Mas sempre foi charmosa, educada, simpática, nervosa e espontânea. É tudo isso desde criança. Taí uma pessoa que mudou muito pouco desde que nasceu. Faz vinte anos que Maria Eduarda, a Duda, é a mesma. Ai, que aflitivo isso!

Essa semana Duda começou a achar o estágio muito mais divertido do que a faculdade e resolveu que não frequentará mais todas as aulas. Ela fez uma lista de todas as matérias e escolheu as que mais gosta. Vai nessas aulas. A questão é que de oito matérias ela escolheu duas. Muito pouco. Não vai se formar assim. Ela já explica antes de qualquer um abrir a boca "Eu só gosto dessas mesmo. Os outros professores são imbecis e as matérias inúteis. E outra, ninguém vai impedir que eu me forme, porque até lá, já serei muito importante na empresa e todos vão saber!". Pobre, Duda. Ela é ingênua e se acha a rainha da cocada. Quando ela ouviu isso de uma amiga, respondeu sem titubear "Rainha da Cocada é aquela que carrega coisas na cabeça? Nada a ver comigo. Se liga!". Duda acha que "rainha da cocada" é a Carmem Miranda ou alguma daquelas baianas que andam no Pelourinho.

Muitos dizem que Maria Eduarda é burra. Ela é muito atrapalhada, muito mesmo, daquelas que causa vergonha alheia, sabe? Mas até aí, chamá-la de burra acho delicado. E sempre que alguém fala isso na cara dela, ela consegue em dois segundos dar uma resposta esperta. Não sai por aí chorando, não abaixa a cabeça e nem dispara toda uma lista de palavrões. Não consigo me lembrar de nenhuma de suas respostas, mas sei que são sempre espertinhas. É por essas e outras que dizem que a menina é descolada. Ai de quem vier falar da menina de qualquer jeito. Ela é brava, tá?

Duda encontra-se em perigo. Isso é como ela diz. Essa semana o chefe de um departamento da famosa editora deu em cima dela. Ela contou a estória para poucos e muito indignada. Todos teceram seus comentários. Comentários idosos. Tem sempre uma tia avó que diz "Cruz credo, que mundo nós estamos! Duda, minha filha, saia já desse lugar horroroso!". Detalhe importante, nenhuma das pessoas que comentou era tia ou mesmo velha para ser avó. Eram todas amigas dela, da mesma idade. Tão novinhas e com tanto moralismo. Maria Eduarda ouviu pacientemente toda a falação e respondeu em tom quase irônico "Vocês só podem estar de palhaçada né? Claro que essas coisas acontecem, ainda mais num ambiente enorme como aquele. A minha indignação é porque sou feinha. Tanta garota bonita e ele me escolheu? Na verdade é uma indignação com os meus traços deformados e não com a conduta dele. Tudo tãaaao normal!". Todas as meninas emudeceram.

Duda levantou-se e ainda completou "Vocês são membros do Rotary? A mente de vocês tem oitenta anos. Daqui a pouco estão todas esclerosadas e com artrose. Ninguém merece!". Uma das meninas rapidamente perguntou "Por que você fica dizendo que está em perigo então? ", e ela rindo "Porque preciso dar um jeito de dar bola pra ele sem ser mandada embora. Tá todo mundo de olho na estagiária e eu no meu estágio. Entendeu??".



VS.

Comprinhas para Leslie!

Depois que assisti a este vídeo, fiquei com vontade de comprar algumas coisinhas para a Feist: um par de sapatinhos vermelhos, um pacote gigante daqueles americanos de bala, um algodão doce e muitas almofadas fofinhas. Pensei em tudo colorido mesmo, nada monocromático.

Colocarei tudo em uma caixa bem bonita e mandarei via Fedex para o Canadá. Toronto, onde a mocinha reside. Depois é só acompanhar através do número de rastreamento pela internet. Vai dar tudo certo e ela vai ficar bem-bem-bem-tipo-muito feliz! Dando pulinhos!!



VS.