quinta-feira, 17 de abril de 2008

Perguntas, respostas ou nenhuma das anteriores!

Nem todos acham que precisam responder perguntas na vida. Alguns têm a certeza de que se não responderem pelo menos algumas, enlouquecem, logo, é uma necessidade vital. Outros acham uma chatice ocupar a mente com uma lista de questões.

Eu fui uma criança que adorava os "Por que?". Cresci e continuo com a incrível capacidade de formular uma pergunta para qualquer coisa mínima que observo ou escuto. A maioria das minhas perguntas é secreta. Tenho um enorme banco de dados na minha cabecinha e é lá que todas ficam armazenadas. Elas não estão classificadas por assuntos, estão todas juntas mesmo, formando uma bagunça só. Parte delas, uma parte bem pequena mesmo, eu revelo.

Minha mãe e minha avó só sabem dar risada. Eu sempre pergunto algo e elas "Lá vem você com as suas perguntas! Sei lá, ué. Como é que eu vou saber?". O que elas não sabem, é que não importa muito se elas de fato têm a resposta correta, e sim que elas digam algo. Na dúvida, eu vou achar que é uma resposta válida ou simplesmente ficar contente porque alguma coisa foi dita. Muitas coisas valem mais do que um "Sei lá, ué!". Mas tá bom, já virou marca registrada minha perguntar e marca registrada delas responder assim.

Outro dia, já faz algum tempo, estava no carro com Leozinho e ele soltou "Nossa, só você faz essas perguntas." - ahn? - até ele estava surpreso? Não faço a mais vaga idéia de qual era a pergunta, mas poderia ser "Por que o teto do túnel é arredondado?" ou "Você acha que a Amy Winehouse tá fazendo o que agora?". Quando a gente coloca um "...você acha" fica bem mais fácil, porque não tem certo ou errado, e sim, o que acha ou deixa de achar.

Para evitar que a montanha de perguntas dê um curto na minha cabeça, eu pego a que mais me atormenta naquela semana ou dia e resolvo a danada. Como? Escrevo sobre ela ou faço um filme. Pode ser tanto um roteiro de um filme legal como trinta segundos de imagens quaisquer. O fato é que resolve a urgência. Ela não deixa de existir, mas pára de ficar dando piti na minha mente. Vale tentar! É como se cortasse o sintoma, sabe? Às vezes acontece de dar pau na câmera, quando a idéia é fazer um filme, você se irrita e o problema vira a sua irritação e não mais a pergunta. Então também tem essa, se não quietar a danada, pelo menos o foco muda, passa a ser o seu nervosismo com a parafernália eletrônica.

Pergunte, responda ou não, faça filmes, escreva bobagens, tenta lá qualquer coisa!


VS.

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