quinta-feira, 3 de julho de 2008

Virtual Insanity

Mais uma vez ficou evidente que sou completamente dependente da tecnologia. Uma pane geral na Telefônica fez com que a internet parasse de funcionar em milhares de estabelecimentos, inclusive, no qual eu me encontrava pela manhã. Como assim não posso ver os meus emails? Como, como? Isso não existe pra mim. Como assim "Server Error" ou "Conexão Nula ou Limitada"? Mau-humor na certa!

O meu estado de chatice e mau-humor só não piorou e ficou insuportável porque vim para casa cedo, e aqui somos clientes do Virtua/Net. Caso contrário, teria enlouquecido. Eu não tenho TPM, famoso vilão feminino, mas também, nem precisa. Onde eu moro, vira e mexe acaba a luz. Pronto, falta de energia faz com que o meu organismo apresente os mesmos sintomas da TPM. Desgovernada total! Sem computador, telefone e televisão. Nunca! Não aguento. Tudo bem, amo ler, meus livros são meus babies, é verdade, mas nessas horas eles sempre são a última coisa que eu quero. Claro! E ai se alguém vira e diz "ué, pega um livro!", nossa, nossa!

Já tive a delinquente idéia de fazer uma viagem mega alternativa abolindo todas as tecnologias. Levei meu celular, tá, trapaceei um pouco, mas jurei de pés juntos que levaria o bonitinho sem créditos, porque aí ele não funcionaria. Pelo menos eu não teria um ataque de nervos. Estaria no meio do mato, quase entrando em transe e teria como me tranquilizar olhando o bonitinho na minha mochila. Fiz isso porque prezo a sanidade de quem me acompanhava na jornada débil. Mesmo com o pequeno aparelho ao meu lado, os surtos vieram. Não aguentei só ver mato e nada. Angustiante. Um ou outro dia ainda vai, mas muitos dias?? Socorro! Fugi imediatamente daquela terra de ninguém pra qualquer cidade. Tive que dificultar e escolher uma cidade a mais de 600km. Quando cheguei na grande capital no sudoeste deste país, quase tive um orgasmo. Ou melhor, tive. Fiquei histérica de tanta felicidade quando me deparei com um Mc Donalds, meninos fazendo malabares no sinal e trânsito. Ai, que delícia. Me senti gente de novo. Tinha banca de jornais e até fiquei feliz de saber que a Caras ainda existia. Pois é.

Ilha do Cardoso, por exemplo. Não, obrigada. Quinze dias sem energia nenhuma. Nem quando eu estiver na maior depressão de todas. Isso seria muito cruel comigo. Acho que ainda prefiro NY, Paris e Barcelona, ou melhor, o caos.

E viva os SMS e o MSN! Rá!


VS.

4 comentários:

ANNA disse...

Urbanóides com orgulho!
Esse negócio de mato, silêncio, sem luz elétrica também não é comigo. Viva a escada rolante e o controle remoto! Viva o wifi e todos os tracinhos do sinal do celular!

Tiago Moralles disse...

Essas meninas filhas da cidade.
Eu consigo ficar um bom tempo sem tecnologia, mas que esse tempo não exceda mais de 8 horas (tempo que passo dormindo normalmente).
Ah, Luiza, ia esquecendo, se faltar luz ou a Telefônica resolver cair de novo, pega um livro hehe.
Beijo.

Luiza Rudge Zanoni disse...

Anna, super-mega-master urbanóide! Luzes, piscas e celulares, por favor. Wifi em cafés! Aliás, já veio pra SP?

Tiago, 8 horas ainda dá. Se eu puder dormir, óbvio. Caso contrário, morro.

Beijos a vocês, VS.

My King Tattoo disse...

Nossa! Me dá desespero de ver essa calmaria do mato até pela TV! Fora o feeling de "vai aparecer um assassino/ fantasma/ monstro" que estar num lugar desse tipo traz pras nossas cabeças formadas por filmes de terror ;)
Bjo, V.S!